Destaque

Por uma Beverly Hills mais dourada

Para nos salvar do caos, venho lançar a minha candidatura a prefeito da mais linda cidade do Brasil, a capital turística dos abonados, a nossa amada Beverly Hills catarinense.

Tenho propostas impressionantes para deixar nossa ilha ainda mais chique, branca e dourada, sem favelinhas e coisas mequetrefes do tipo.

Meu primeiro ato como prefeito de Beverly Hills será demolir as pontes Colombo Salles e Pedro Ivo. Os sem lancha que moram na região continental não poderão mais atravessar com seus carros populares, causando atrasos, engarrafamento e transtornos para os reais habitantes que buscam apenas seus momentos de lazer e curtição.

Nada de ônibus apinhados de gente e carros sem ar condicionado (sim, isso existe) atravessando as pontes. Os trabalhadores que nos servem terão o acesso ao nosso recanto milionário feito apenas por lanchas coletivas. Mas eles tem seus direitos e, por isso, as lanchas não serão comuns: virão equipadas como GPS e televisores LCD que exibirão apresentações do Bale Bolshoi e shows do espetacular tenor italiano Andrea Bocelli.

Para os pobres continentais, ainda distribuíremos remédios em casa, como o nosso outro adversário vem defendendo em sua candidatura. Mas ao invés da entrega ser feita em meras motos CGs 125, iremos fazer com uma frota de jet skis, também equipados com GPS (a tecnologia que o outro adversário, da situação, vem defendendo).

As creches também funcionarão no verão, para que os menos abonados possam vir à ilha de Beverly Hills (sim, mudaremos o nome) e continuar servindo nossos espumantes.

Luxos à classe miserável que vive do outro lado da ponte que só serão proporcionados graças a parcerias que irei firmar com o Governo Federal, através dos programas Brasil Sem Miséria e Brasil Carinhoso.

Os recursos existem. E eu sei como buscar.

As famílias que não possuírem lancha e não comprovarem renda suficiente para a aquisição da mesma em até três meses, serão transferidas para a região continental em blocos habitacionais do Minha Casa, Minha Vida. Na ilha não serão mais permitidos moradores sem o devido equipamento naútico e nem empreendimentos avaliados em valor inferior a 500 mil reais.

Casas geminadas serão demolidas sumariamente a partir do dia 2 de janeiro.

Para os beverlyhillianos serei a grande mudança. Ferraris, Porsches e carros avaliados em mais de 300 mil (dólares!!!) terão faixas exclusivas nas avenidas. O acesso está mais do que garantido na temporada, pois vans e carros populares serão proibidos de se aproximarem a uma distância inferior a cinco quilômetros das nossas praias.

Você, abonado morador da maravilhosa Beverly Hills catarinense, que não suporta mais presenciar transtornos causados por arruaceiros em nossas praias, precisa conhecer nossos projetos.

Construções de barracas de plástico na praia não serão mais permitidas, como a atual prefeitura fez ao longo dos anos. Banhistas transportando isopores carregados de Nova Schin serão convidados a frequentar as praias continentais.

Vendedores de redes, cangas, queijo coalho, bananinhas, sanduíches naturais e óculos que não sejam comprovadamente de marca poderão realizar trabalhos de ambulantes apenas nas áreas destinadas aos moradores sem lancha, ou seja, no continente.  Tatuadores de henna e vendedores de milho verde não são bem vindos. Temos que acabar com essa rafoagem na nossa ilha dourada.

Nosso projeto de governo ainda prevê a revitalização das principais praias, com a remoção dos humildes barcos de pesca que tanto atrapalham os veleiros e iates. Incentivaremos a criação de suntuosos decks de madeira e marinas cheias de tecnologia. Enormes ofurôs e piscinas para uso coletivo com capacidade para pelo menos mil abonados moradores, cada uma, possibilitarão “day parties” regadas a muito champagne.

E tudo isso sem exame médico. Pois sabemos que ricos e milionários não tem frieira.

E o comércio. Ah, nosso comércio tão pungente e cheio de possibilidades. Quando o morador da Beverly Hills catarinense se cansar de beber champã na areia, poderá desfrutar das nossas impressionantes lojas. Nada de favelinha em nossa cidade. Lojas que comercializam “lembrancinhas” turísticas, de produtos de 1,99, e de crédito pessoal serão deslocadas para a atender a comunidade dos sem lancha.

Iremos buscar atrair empreendimentos pelos quais os beverlyhillianos vem clamando, como o Fasano e o Emiliano.

Nosso projeto é transformar a ilha.

Anuncio também a definição do nosso garoto propaganda para ilustrar o estilo de vida da Beverly Hills catarinense, tão bem retratada na mídia recentemente. Após pesquisas, o ator Marcelo Novaes foi o escolhido para participar das atividades de promoção da nossa endinheirada cidade.

A escolha ocorreu devido ao estrondoso sucesso do seu personagem Max na novela Avenida Brasil. Retrata o estilo vibrante de nossa futura administração.

Ele pode até ter vivido e morrido no lixão, mas teve uma lancha.

Por isso, por ser o melhor e mais preparado para conduzir o luxo e a riqueza em nossa ilha, peço o seu voto.

Acredite e defenda a coligação Por Uma Beverlly Hills Mais Dourada e Branca.

Mijando na Praça XV

 

 

Banheiros fechados mesmo com dez mil foliões na rua
Banheiros fechados mesmo com dez mil foliões na rua

 

Dez mil foliões na rua durante a abertura “oficial” do Carnaval de Florianópolis.

O Berbigão do Boca mostrou mais uma vez porque é considerado uma das mais autênticas festas manés… Muita gente, muita festa e muita alegria…

Dez mil pessoas na rua, muitas delas bebendo desde o começo da tarde… E eis a surpresa: nenhum – eu escrevi NENHUM – banheiro químico pelos arredores da festa. Para completar, o banheiro mantido pela prefeitura estava fechado, acreditem….

O resultado disso foi que era fácil presenciar muita gente tirando a água do joelho ao lado da Catedral, no prédio da Câmara, nas árvores da Praça XV e claro, na centenária figueira. E as mulheres, pobres, enfrentavam filas gigantescas em botequim dos arredores – em alguns deles era cobrado até cinco pilas pelo uso do banheiro.

Um show de “organização” para uma festa que já faz parte do “calendário” da cidade. E, cá entre nós, se faz parte do calendário, porque não programar uma licitação para que os banheiros estejam disponíveis já na festa do Berbigão…

Não sei de que setor é a culpa pelo esquecimento dos mictórios…

Mas alguém precisa levar uma mijada. E esse alguém não pode ser a nossa figueira…

 

 

Retornando

Reencontrei os dados e acesso ao blog…

Pretendo deixar a preguiça de lado e voltar a escrever aqui…..

Fiquei surpreso com o fato de que o blog continua tendo acessos diariamente apesar de estar dois anos parado. Vou remodelar e pretendo voltar o quanto antes….

Tenham só um pouquinho de paciência comigo…

Vergonheira

Segue sentença apresentada pouco antes das 17 horas e que causou o cancelamento do jogo. A vergonha não é o cancelamento do jogo em si é a tentativa do Guarani de Palhoça de convencer a Justiça de que não existem arquibancadas metálicas no estádio…

É brincadeira né???

O artigo 112 do Regulamento Geral do campeonato atribui a responsabilidade aos donos dos estádios…. Em caso de problemas, o visitante seria declarado vencedor por 3 a 0… Duvido que ocorra…

Vale a leitura da sentença…

 

 

A petição protocolizada pelo advogado do requerido, ainda que endereçada tão somente ao representante do Ministério Público, merece ser analisada. Entretanto, quanto à sua pretensão, que contou com manifestação desfavorável do representante do Ministério Público, não deve ser atendida. Isso porque, conforme já se disse na decisão que deferiu a liminar, esta fundamentou-se basicamente na falta de finalização das obras exigidas para a realização dos jogos do campeonato catarinense e na incontroversa ausência de sistema de proteção contra descargas elétricas, o que, segundo se apurou, traz elevado risco ao público, inclusive de morte. Assim, ainda que o clube tente convencer que as arquibancadas metálicas não existem mais, – registre-se que nos documentos que o próprio clube encaminhou ao Ministério Público em 16 de janeiro de 2013 havia laudo de engenharia atestando a construção dessas arquibancadas -, o que, em tese, afastaria o risco pelo advento com descargas elétricas, o fato é que mais uma vez se extrai a certeza de que as obras, que deveriam estar finalizadas até o início do campeonato, com todos os laudos de segurança exigidos, ainda não estão, falecendo a esta magistrada capacidade técnica para apurar a segurança das instalações que ainda estão em fase de andamento.. Registre-se mais uma vez que todos os clubes firmaram Termo de Cooperação Técnica com Ministério Público, PM, CREA e Corpo de Bombeiros, comprometendo-se a encaminhar todos os laudos em prazo que pudessem ser avaliados, o que, porém, não fez o requerido, que ainda encontra-se com obras em andamento e sem que sua segurança esteja aferida. Diante destes fundamentos, porque entendo que os interesses envolvidos – sejam financeiros ou de tabela de jogos – não podem sobrepor-se à segurança que deve ser oferecida aos torcedores, MANTENHO A DECISÃO concessiva da liminar. Intime-se. Notifique-se. Comunique-se o comandante da Polícia Militar, por telefone, informando que a decisão foi mantida, que o estádio está interditado e que seu contingente deve auxiliar no cumprimento da decisão.

A dor do Coração do Rio Grande….

É desnecesário falar o quanto chocou a morte de mais de 230 jovens na tragédia da boate Kiss, em Santa Maria. As fotos das vítimas, muitas vezes retiradas dos perfis do Facebook, mostram meninos e meninas lindos e alegres. As histórias de quem iria se formar, de quem voltou para ajudar e acabou morrendo, os relatos de dor e pânico me deixaram com uma sensação de tristeza profunda no domingo.

Absurdo ainda maior quando paramos para pensar nos sonhos interrompidos, no desespero, na dor das famílias de cada um. Não sei explicar: não perdi ninguém no incêndio, mas foi como se isso tivesse ocorrido.

Aí vem a informação de que o local estava com o alvará vencido.

Aí vem outra informação que seguranças teriam impedido a saída de jovens no começo do incêndio.

Aí surge toda uma discussão sobre as concessões de alvarás e licenças para eventos e funcionamento de casas noturnas e similares.

Aí as autoridades de todo o país cobram “rigor” na fiscalização de estabelecimentos do gênero em suas cidades.

Aí vejo músicos do Gurizada Fandangueira e sócios da boate Kiss sendo algemados e presos depois do ocorrido.

Todos nós queremos JUSTIÇA. Mas seria essa justiça a ideal?

A quem cabia fiscalizar? Por que a passividade do Poder Público? Prefeituras de todo o país esperam que algo aconteça para agir, “externar preocupação” ou criar as “forças-tarefas (que na minha opinião não servem para muita coisa). Após a tragédia, minha caixa postal sofreu uma verdadeira enxurrada de releases de prefeituras, órgãos públicos e até mesmo políticos cobrando “rigor”.

Não vi um chefe de fiscalização da prefeitura detido por omissão, inércia ou passividade. E muito menos nenhum delegado de jogos e diversões assumindo erros em sua pasta. Vi sim, muita gente culpando o “lucro” dos proprietários das casas noturnas como a grande causa da tragédia.

Interessante também que a mesma Polícia Civil que investiga e prende tem a responsabilidade de emitir licenças através de alvarás expedidos pelos setores de jogos e diversões. A boate Kiss não funcionava clandestinamente, longe disso… Esperamos que 230 jovens morram e milhares de sonhos e vidas sejam marcadas para sempre com feridas que nunca irão cicatrizar para só então agir.

Trazendo a história para Florianópolis, o Corpo de Bombeiros assumiu que 47 das 65 boates ou similares da cidade estariam com irregularidades. E agora? O que fazer?  Não queremos criar pânico, mas já cansei de ver sinalizadores nestes locais.

Vi muita gente condenando nas redes sociais o uso do artefato pela banda Gurizada Fandangueira, mas que acha lindo quando um espumante caro é levado para a área vip das boates bacanas da cidade com um sinalizador aceso ao lado do balde de gelo.

O Mercado Público, que já registrou dois incêndios nos últimos anos, não contém os parâmetros mínimos de segurança em sua rede elétrica, segundo vistoria do próprio Corpo de Bombeiros realizada este ano… E o que acontece? NADA. O local continua funcionando normalmente…

Um laudo não serve para fechar um estabelecimento, mas o que é primeira coisa que falamos quando surge um incêndio?

“Chamem os Bombeiros”….

E a justiça? Juízes, desembargadores e etc… com que moral podem ou não condenar um vocalista da Gurizada Fandangueira, por exemplo? Quantas vezes não vemos a justiça “passar a mão na cabeça” de infratores e permitir o funcionamento de locais (leia-se liminares). Um exemplo recente foi a liberação em cima da hora dos estádios dos times de futebol de Santa Catarina para receber público na primeira rodada do campeonato estadual. Os clubes não haviam apresentado os laudos referentes a questões de segurança e combate contra incêndio. Mas os jogos aconteceram.

Não quero ser um pessimista. Não é de minha natureza. Espero que as autoridades mudem o comportamento, que esses releases enviados não sejam um mero “buscar espaço” na mídia e sim um preocupação real. E mais do que uma preocupação real, que se torne uma forma de agir de governos de municípios, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e órgãos fiscalizadores.

Rezo para que todo esse movimento sirva para que as casas noturnas e eventos sejam de fato fiscalizados e impedidos de funcionar em caso de descumprimento de normas ou falta de documentos.

Rezo para que tudo isso não seja uma “onda” tal como ocorreu após a tragédia de 2008 em Santa Catarina. Muitas das promessas de projetos de prevenção sequer saíram do papel. E muita gente voltou aos locais afetados. Isso vai para outro post…

Rezo por cada uma das almas de Santa Maria.

Enfim, rezo muito para que toda a dor do Coração do Rio Grande não seja em vão….

Rezo….

Recorde de abstenções e nulos em Florianópolis

A apuracão do segundo turno em Florianópolis trouxe índices recordes de abstenções e votos nulos desde a redemocratização e o reinício das eleições municipais.

Os números mostram que 99.028 eleitores da população da capital de Santa Catarina não compareceram às urnas ou então decidiram votar em branco ou nulo. O índice representa 1/3 do eleitorado: 33,31%.

Na disputa entre César Souza Júnior (PSD) e Gean Loureiro, 9,93% dos moradores (25.548 pessoas) optaram pelo voto nulo. O índice de abstenção foi de 20,32%, representando 65.596 eleitores que não comparecem às seções eleitorais. Outros 7.884 mil votaram em branco (3,06%).

O recorde anterior de abstenções havia sido registrado há menos de um mês. No primeiro turno, 17,9% do eleitorado não votou. Em relação aos votos nulos, o segundo turno das eleições do ano de 2004 havia registrado o maior índice até aqui: 9,3%. Na época, o PT chegou a lançar uma campanha pelo voto nulo.

Desde 1985, quando a redemocratização permitiu que Florianópolis voltasse a ter eleições municipais, os índices de votos “não válidos” não foram tão elevados quanto os registrados neste domingo.

De acordo com o professor Eduardo Guerini, do Programa de Mestrado em Gestão de Políticas Públicas da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), o segundo turno das eleições em Florianópolis não atraiu o interesse de boa parte do eleitorado. O motivo seria uma polarização da campanha com propostas que não teriam chamado a atenção. “O segundo turno é polarizado e contém historicamente índices mais elevados de eleitores que não participam. Os números altos este ano se devem ao fato das propostas não agradarem aos habitantes em relação a um projeto de cidade para o futuro”, disse. “Outro ponto é que as forças políticas tradicionais estavam no comando das duas candidaturas, o que não agrada grupos alternativos”.

Guerini ainda citou o “fenômeno Elson”, o candidato do PSOL que recebeu 15% dos votos no primeiro turno e optou pelo voto nulo na segunda etapa. “Ele acabou induzindo parte da população a não escolher um ou outro candidato”, afirmou.

O “descontentamento” com a política local e com as alianças feitas pelas duas coligações seria o principal fator para que 1/3 dos eleitores de Florianópolis decidissem não participar da eleição escolhendo um ou outro candidato.

“A campanha não chamou a atenção e isso é resultado de alianças eleitoreiras, pragmáticas e oportunistas”, disse. “Quase 100 mil eleitores decidiram não escolher os candidatos. E isso é um ato, um posicionamento político claro”.

Ultima pesquisa

A última pesquisa do Ibope divulgada nesta sexta-feira (26) pela RBS TV, afiliada da Rede Globo de Televisão, mostra um cenário indefinido na corrida pela prefeitura de Florianópolis. Os dois candidatos aparecem em empate técnico.
Pelo levantamento realizado junto a 805 eleitores entre os dias 24 e 26 de outubro, César Souza Júnior (PSD) virou o quadro e marcou 51% da preferência do eleitorado. Gean Loureiro, do PMDB, aparece com 49%. Os números são idênticos à pesquisa divulgada na quinta-feira pela Rede Record.
A pesquisa foi registrada no TSE sob o número 00728/2012 e possui margem de erro de três pontos percentuais para cima e para baixo.
Na primeira pesquisa realizada pelo instituto no segundo turno, Gean Loureiro liderava com sete pontos percentuais de vantagem sobre Júnior: 45 a 38%. No primeiro turno, o candidato do PSD foi o mais votado com 76 mil votos na capital catarinense.
Nesta sexta-feira, os dois candidatos não cumpriram agendas mais “elaboradas” e se dedicaram quase exclusivamente à preparação para o programa na própria Rede Globo. César teve como atividade apenas a gravação do último programa de campanha enquanto o peemedebista se dedicou a estudar propostas para o debate.

Goteiras….

Para sermos justos na questão da goteira no CIC…

Obra foi inaugurada na gestão de Raimundo Colombo (PSD)…

Auditoria do TCE feita em 2011 apontou 20 irregularidades na obra durante a gestão de Luiz Henrique da Slveira (PMDB). Anita Pires, que coordenava a Fundação Catarinense de Cultura e Romualdo França, então responsável pelo Deinfra, foram citados no parecer.

O número do documento é o MPTC/2601/2011 e pode ser acessado na página do TCE….

Isso é para não dizer que estou favorecendo um ou outro… Os dois lados participaram da “obra” e consequentemente, da “goteira’..

Segue na íntegra o parecer:

1. DO RELATÓRIO

1.1. Trata-se da auditoria acima epigrafada, tendo a DLC apreciado os documentos relativos aos trabalhos e apresentado o seu relatório técnico 298/2011 (fls. 229/258), detectando impropriedades nos procedimentos analisados e sugerindo, em preliminar, a conversão do presente processo em Tomada de Contas Especial,  definindo a responsabilidade solidária dos(as) Srs.(as) Romualdo Theophanes de França júnior, Anita Maria Silveira Pires e Sebastião Silveira, por irregularidades verificadas nas presentes contas, que resultaram num débito de R$ 302.602,98 (itens a.1, a.2, a.3, a.4, a.5, a.6, a.7, a.8, a.9, a.10, a.11, a.12, a.13, a.14 e a.15 abaixo, bem como dos(as) Srs.(as) Romualdo Theophanes de França júnior, Anita Maria Silveira Pires, quanto aos itens a.16, a.17, a.18,  a.19 e a.20,  com citação dos Responsáveis, para exporem as suas razões, em razão das irregularidades abaixo apontadas:

a.1)  pagamento irregular no valor de R$ 2.028,00, referente a uma quantidade de 26m2 de “piso de basalto” que não foi executado;

a.2) pagamento irregular no valor de R$ 1.119,40, referente a uma quantidade de 12m2 de “piso de basalto flameado” que não foi executado;

a.3) pagamento irregular no valor de R$ 1.886,61, referente a uma quantidade de 56,86m2 de “forro de gesso” que não foi executado;

a.4) pagamento irregular no valor de R$ 4.085,72, referente ao “climatizador com vazão de ar 1.360 m3/h” que não foi executado;

a.5) pagamento irregular no valor de R$ 7.608,40, referente a dois “climatizadores de ar hidrônico, […] gabinete cassete” que foram pagos, porém não foram executados;

a.6) pagamento irregular no valor de R$ 2.850,00, referente “porta de alumínio com vidro”, que não foi executado;

a.7) pagamento irregular no valor de R$ 94,694,64, referente a 182,72 m2 do serviço “janelas em vidro temperado em painéis com folhas fixas e de correr, basculantes e fixas”, que não foram executadas;

a.8) pagamento irregular no valor de R$ 29.904,20, referente a 5 “projetos de Led rgb modelo colorblast mbbr 50 w 750 lumens” que ainda não haviam sido executados quando da inspeção “in loco”;

a.9) pagamento irregular no valor de R$ 91.410,89, referente a alguns itens da planilha da 18ª Medição que foram medidos com preços incorretos;

a.10) pagamento irregular no valor de 2.133,92, com relação ao item “lavatório de louça em bancada com torneira de mesa Zenit Docol Eletric código 00218106-CR”, por apresentar preço superior à tendência média praticada pelo mercado;

a.11) pagamento irregular no valor de R$ 22.041,20, com relação ao item “projetor de Led rgb modelo colorblast mbbr 50W 750Lumens”, por apresentar preço superior à tendência média praticada pelo mercado;

a.12) pagamento irregular no valor de R$ 42.769,00, com relação ao preço cobrado para o serviço “regularização das lajes de cobertura para inclinação e permitir o escoamento das águas infiltrantes”;

a.13) alteração do contrato sem apresentação das devidas justificativas;

a.14) alteração do projeto de climatização sem apresentação de nenhuma justificativa técnica;

a.15) medição e pagamento de climatizadores que não foram executados;

a.16) ausência de projeto de impermeabilização, caracterizando Projeto Básico incompleto;

a.17) incoerência entre o memorial descritivo e a planilha orçamentária na especificação e preço das torneiras dos lavatórios, demonstrando que o Projeto Básico não foi propriamente avaliado;

a.18) incoerência entre o memorial descritivo e o projeto hidráulico com relação à especificação dos vasos sanitários, demonstrando que o Projeto Básico não foi propriamente avaliado;

a.19) incoerência entre o memorial descritivo e o projeto hidráulico com relação à especificação do “brizer”, demonstrando que o Projeto Básico não foi propriamente avaliado;

a.20) incoerência entre o memorial descritivo e o projeto hidráulico com relação ao item “forro de gesso”, demonstrando que o Projeto Básico não foi propriamente avaliado;

1.2. Por fim, este relato sugere determinar à Fundação Catarinense de Cultura que adote as seguintes providências:

– corrija o preço do item “lavatório de louça em bancada com torneira de mesa Zenit Docol Eletric código 00218106-CR”, pois ainda faltam ser medidas 30 unidades desse serviço, que geraria um pagamento a maior no valor de R$ 8.002,20;

– corrija o preço  do item “torneira para cozinha de mesa bica móvel arejador articulada, acionamento ¼ de volta cod. 00406806-CR” e “torneira para cozinha de parede bica móvel arejador articulada acionamento ¼ de volta cod. 00406706-CR” para R$ 436,88, de forma a adequá-los à média de mercado;

– corrija o preço do item “projetor de Led rgb modelo colorblast mbbr 50W 750Lumens” para R$ 1.572,60, de forma a adequá-lo à média de mercado;

– corrija as frestas excessivas verificadas nas janelas e portas de vidro;

– corrija o problema das janelas dos sanitários masculinos e femininos.

1.3. Por fim, este relato sugere determinar à DLC, que dê ciência da Decisão, Relatório e voto do Relator que a fundamentam, bem como do presente Relatório aos Responsáveis, ao Controle Interno da Fundação Catarinense de Cultura e ao Deinfra.

2. DA PROCURADORIA

2.1. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da entidade em questão está inserida entre as atribuições dessa Corte de Contas, consoante os dispositivos constitucionais, legais e normativos vigentes (Arts. 31 da Constituição Federal; 26-II e III da Constituição Estadual; 1°-IV da LCE 202/2000), tendo-se carreado aos autos os elementos hábeis à deflagração do processo fiscalizador nesse Tribunal.

2.2. Ante o exposto, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, com amparo na competência conferida pelo art. 108-II da LCE 202/2000, manifesta-se pela conversão do presente processo em Tomada de Contas Especial, com chamamento dos Srs.(as) Anita Maria Silveira Pires – Presidente da Unidade à época, Romualdo Theophanes de França Júnior – Presidente do Deinfra à época, Sebastião Silveira – engenheiro do Deinfra e fiscal de obraspara justificar as restrições anotadas na conclusão do aludido Relatório DLC 298/2011, observadas as determinações resumidas em 1.3 anterior.

Segundo Turno

 

 

Eu, Fabricio Escandiuzzi, declaro oficialmente o meu voto no segundo turno….

E o ganhador é ele: o poste do Campeche.

Pela sua luta, sua resistência, sua força, mesmo diante de tantos obstáculos….

Resistiu ao primeiro turno incólume, não sucumbiu às pesquisas eleitorais e hoje, quase uma semana depois das eleições, permanece ali, no meio da rua, firme e forte….

Resistiu às incríveis resistências de lideranças PMDB, que comandam a prefeitura e que tentaram de todas as formas possíveis e imagináveis retirá-lo do meio da principal avenida do Campeche. Em um ofício cruelmente redigido, a prefeitura insistiu e gastou todas as suas energias para retirá-lo dali…

Resistiu bravamente à obstinação do PSD, que comanda o governo do estado e a CELESC, na incrível e inimaginável determinação em tirar esse “obstáculo” do meio da rua.

Resistiu também, à empreiteira que recebeu 146 mil por uma obra que deveria durar 4 meses e levou um ano para ser concluída e que tentou de todas as formas pagar 4 mil reais para removê-lo….

O que aconteceu? O poste continou firme e forte, enquanto integrantes de PMDB, PSD e empresários tentaram insistentemente tirá-lo do local…

Olhem que fortaleza…

 

 

Hoje, passado o primeiro turno, ele ganha força e permanece no meio da rua. Ganhou até enfeites da cor laranja e enfrentou difamações horríveis, como a incrível placa “desculpe o transtorno, estamos em obras”.

O nosso poste não é o transtorno. É o futuro do turismo no sul da ilha…

A rua do Amendoim é ponto turístico em BH. O ET de Varginha é sucesso no sul de Minas.

Por que não podemos ter um poste que brotou no meio de uma obra e resistiu a todas as investidas das forças políticas como um ponto turísitico de Florianópolis?

Por isso, como prometido, em nome da democracia, declaro o poste da avenida Pequeno Princípe, no Campeche, como o escolhido para o meu voto no segundo turno. Agradeço às manifestações de apoio e lutaremos para que ele resista à tanta “determinação” de nossos governantes.

Em tempo: o candidato que apresentar uma grande proposta turística para o entorno do poste, pode ganhar a minha simpatia…

Grato e desculpem o cinismo….